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domingo, 22 de maio de 2011

Miniaturismo

Representando a Realidade

Por Angélica Issue

Seja em forma de carrinhos, bonequinhos, casinhas ou comidinhas, as miniaturas atraem olhares e admiração por sua delicadeza e riqueza de detalhes minuciosamente representados em objetos tão pequenos. Com tanta singularidade, essa arte conquistou adeptos que não abrem mão de ver o mundo por outro ângulo, um pouco (ou muito) menor que o real.

Regina Passy é uma artista especializada em miniaturismo. Formada em Química, já foi professora de Ensino Médio, mas trocou a tabela periódica pelas aulas de montagem de objetos que representam a realidade. “Sempre fui muito curiosa em saber o modo como cada coisa é feita. Fiz vários cursos e sempre aplicava a técnica em modelos pequenos. Se o curso era de tear, eu fazia um tapete pequeno; nas aulas de sabonete eu escolhia os modelos menores; e nas aulas de pintura, eu sempre procurava peças pequenas para aplicar a técnica. Assim percebi que tudo me levava à miniatura, que a minha técnica é o miniaturismo”, conta a artista plástica e autora do livro A Arte das Miniaturas, em que divide todo o seu conhecimento.

Entenda o miniaturismo além dos carrinhos
Fazer réplicas é um trabalho árduo, muitas vezes não valorizado, mas muito especial. Exige conhecimentos em física e matemática, para compreender a redução da escala, pintura, proporção e simetria do trabalho, e, sobretudo, sensibilidade para representá-lo igualmente ao original. Para se ter ideia, existe uma escala oficial para se fazer miniaturas de ambientes e de casas. A escala do miniaturista é 1:12 (lê-se um para doze), o que significa que cada 12 cm de uma medida real equivale a 1 cm na cópia miniaturizada. Não à toa, essa arte de reduzir ganha cada vez mais espaço em lojas de decoração, feiras de arte e, principalmente, na casa das pessoas.


Fonte de renda
Para quem deseja investir no miniaturismo saiba que é necessário ter habilidade motora fina, já que tudo será feito apenas o controle das mãos e dedos.. Existem artistas que vendem quadrinhos montados e os que vendem peças avulsas para os colecionadores. Tudo depende de quem o artista deseja atingir. “Se focar no colecionador, deve se especializar em algum tipo de material, criar peças únicas e anunciar em lojas virtuais. Agora, se deseja vender em lojas físicas, o ideal é que o artesão crie uma linha original de quadrinhos”, explica Regina.


Vale lembrar que, assim como em qualquer artesanato, o diferencial dos trabalhos não está somente na beleza da peça, mas no acabamento da arte. O bacana é experimentar materiais diversos, ferramentas de outros ofícios minuciosos, como joalheria, confecção de maquetes, ferramentas de dentistas. Além disso, o investimento é baixo e não há necessidade de se ter máquinas. A principal ferramenta do miniaturista é criar sem receio de errar. “Sonhe, ouse e crie”, enfatiza.

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