Por Angélica Yassue
Foto arquivo pessoal
Seja em forma de carrinhos, bonequinhos, casinhas ou comidinhas, as miniaturas atraem olhares e admiração por sua delicadeza e riqueza de detalhes minuciosamente representados em objetos tão pequenos. Com tanta singularidade, essa arte conquistou adeptos que não abrem mão de ver o mundo por outro ângulo, um pouco (ou muito) menor que o real.
Foto arquivo pessoal
Seja em forma de carrinhos, bonequinhos, casinhas ou comidinhas, as miniaturas atraem olhares e admiração por sua delicadeza e riqueza de detalhes minuciosamente representados em objetos tão pequenos. Com tanta singularidade, essa arte conquistou adeptos que não abrem mão de ver o mundo por outro ângulo, um pouco (ou muito) menor que o real.
Regina Passy é uma artista especializada em miniaturismo. Formada em Química, já foi professora de Ensino Médio, mas trocou a tabela periódica pelas aulas de montagem de objetos que representam a realidade. “Sempre fui muito curiosa em saber o modo como cada coisa é feita. Fiz vários cursos e sempre aplicava a técnica em modelos pequenos. Se o curso era de tear, eu fazia um tapete pequeno; nas aulas de sabonete eu escolhia os modelos menores; e nas aulas de pintura, eu sempre procurava peças pequenas para aplicar a técnica. Assim percebi que tudo me levava à miniatura, que a minha técnica é o miniaturismo”, conta a artista plástica e autora do livro A Arte das Miniaturas, em que divide todo o seu conhecimento.
Fazer réplicas é um trabalho árduo, muitas vezes não valorizado, mas muito especial. Exige conhecimentos em física e matemática, para compreender a redução da escala, pintura, proporção e simetria do trabalho, e, sobretudo, sensibilidade para representá-lo igualmente ao original. Para se ter ideia, existe uma escala oficial para se fazer miniaturas de ambientes e de casas. A escala do miniaturista é 1:12 (lê-se um para doze), o que significa que cada 12 cm de uma medida real equivale a 1 cm na cópia miniaturizada. Não à toa, essa arte de reduzir ganha cada vez mais espaço em lojas de decoração, feiras de arte e, principalmente, na casa das pessoas.
Para quem deseja investir no miniaturismo saiba que é necessário ter habilidade motora fina, já que tudo será feito apenas o controle das mãos e dedos.. Existem artistas que vendem quadrinhos montados e os que vendem peças avulsas para os colecionadores. Tudo depende de quem o artista deseja atingir. “Se focar no colecionador, deve se especializar em algum tipo de material, criar peças únicas e anunciar em lojas virtuais. Agora, se deseja vender em lojas físicas, o ideal é que o artesão crie uma linha original de quadrinhos”, explica Regina.
Vale lembrar que, assim como em qualquer artesanato, o diferencial dos trabalhos não está somente na beleza da peça, mas no acabamento da arte. “O bacana é experimentar materiais diversos, ferramentas de outros ofícios minuciosos, como joalheria, confecção de maquetes, ferramentas de dentistas. Além disso, o investimento é baixo e não há necessidade de se ter máquinas. A principal ferramenta do miniaturista é criar sem receio de errar. “Sonhe, ouse e crie”, enfatiza.
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